Hoje vi o tempo passar diante dos meus olhos
Uma fração de segundos e décadas foram vividas
Uma fração de segundos e aqueles cabelos embranqueceram
Uma fração de segundos e vi meu filho sob o efeito dos anos
Foi impactante!
Olhei! Não reconheci, confesso!
Quem é? – perguntei.
Meu coração sabia , meus olhos não!
Reconheci e… chorei!
Chorei por mim que não estarei mais aqui quando esse tempo chegar.
E porque gostaria de estar.
Chorei pelos anos entre o hoje e quando chegar esse tempo
Chorei por constatar que o tempo passa para todo mundo
E que passa e passará também para meu filho.
Alguém poderá me falar “NÃO CHORE”!
“Pense em quantas conquistas seu filho teve ao longo da vida!”
“Pense em quantas vezes ele caiu e se levantou!”
“Pense na pessoa generosa que a vida o ensinou a ser!”
“Pense que o tempo é um grande aliado de quem o aproveita!”
“Pense que o tempo é uma dádiva! Felizes os que podem viver e ver a passagem do tempo!”
Sei de tudo isso!
Mas posso me reservar o direito de chorar? Posso????
E chorei! Egoisticamente, chorei de saudade de mim neste tempo futuro.
Chorei de saudade do meu filho neste tempo futuro.
Egoisticamente, chorei!
Chorei por baixo dos óculos!
Chorei para dentro da máscara!
Chorei sentada em frente ao meu funcionário.
O choro interno era maior que o choro externo
Busquei refúgio em outro espaço, agora sozinha!
E sozinha..
Chorei por dentro e por fora!
Chorei pelo tempo!
Chorei para o tempo!
Chorei por causa do tempo!
Chorei no tempo de hoje pelo tempo que ainda há de vir!
Se essa inteligência artificial soubesse o que essa foto me provocou! Ah! Certamente, vivi décadas em segundos.
FOTOS – Marcus Nóbrega Gomes Junior (presente e futuro)
Aplicativo que envelhece as pessoas
“O segredo para o realismo alcançado está justamente no uso de redes neurais artificiais, um tipo de inteligência artificial no qual um computador aprende a reconhecer padrões após analisar milhares de imagens. No caso do FaceApp, foram utilizadas redes neurais convolucionais, com algoritmos que podem classificar e reconhecer objetos em imagens, incluindo as rugas que dão ao rosto humano um aspecto mais envelhecido”.