Lee Russomanno, cerimonialista reconhecida em Curitiba, encontra no seu trabalho a forma de externar sua emoção, seu prazer em servir, sua sobrevivência, além da realização do sonho de quem a contrata.
Com muito esforço, construiu um nome no ramo. Foi manobrista em festas de casamento, serviu em buffet, fez limpeza em casa de eventos, lavou muita louça, enfim, trabalhou duro, antes de se estabelecer.
Hoje, agradece a Deus pelas conquistas obtidas e faz questão de espalhar alegria por onde passa. Vive com as três filhas, lindíssimas, por sinal, formam um quarteto perfeito, segundo ela.
Ao analisar seu perfil (https://www.facebook.com/lee.russomannocerimonial), percebe-se que é uma “leoa”, busca a excelência no que faz. Tem uma equipe numerosa que depende de suas ações. Há sonhos que dependem de seu trabalho detalhista, para serem concretizados.
Porém, lá dentro da “leoa”, não se pode esquecer, que está a garota/1977, que Lee Russomanno até achou que não existia mais.
Depois de 40 anos, nós nos reencontramos. Foi emocionante. Apenas um ano de convivência, mas foi intenso. Ela com 17 anos e eu com 14. Foi no ano de 1977, quando estudamos juntas a 8ª série, no Colégio Estadual.
Maria Leoni Ferraz Batista, a Leoni. Muito bonita, querida por todos os alunos e professores. Como nós tínhamos em média 14 anos, ela por ter 17, era uma “deusa” para nós.
Nossa amizade se estendeu além da escola. Como eu morava no sítio, vir para a cidade era encantador para mim. Assim, vinha para a casa da Leoni. Lá, dávamos uma ajeitada na casa, lavávamos a louça e tocávamos violão na varanda, pois fazíamos aula com a professora Lairce Ribas, no Educandário. As aulas teóricas de música, fazíamos com a Irmã Ana Tomczac.
Ela gostava muito de dançar, as primeiras “brincadeiras dançantes” da minha vida, frequentei com ela. Ah! E sua mãe, claro! Ela acompanhava a filha em todos os lugares.
A dupla que formávamos, na verdade, era um trio, pois a Maristela Navarro era nossa grande amiga. Foi através dela, que reencontrei a Leoni, ou melhor, a Lee Russomanno.
Bastou pouco tempo de conversa para que a cerimonialista bem sucedida, residente há 40 anos em Curitiba, desse lugar à Maria Leoni Ferraz Batista, a garota sensível sonhadora de 1977.
Edeliar Torres Saraiva
“Edeliar, escreva nessa história que publicará: nunca mais tive uma amiga igual a você. A vida me fez esquecer de mim mesma, mas estou me reencontrando. Sou feliz com o que fiz de mim, tenho em mim a gratidão, consegui serenidade. Você me trouxe até mim. Com nossa conversa, você me fez lembrar de onde vem a minha força, vem das minhas raízes.” Maria Leoni
