Valdir, pessoa muito conhecida em Cruzeiro do Oeste. Quem tem cinquenta anos ou mais, certamente se recorda dele.
Gostava de tocar violão e cantar. Eu gostava muito de ouvi-lo. Eu e muitas pessoas naquela época.
Ele viajava nas músicas de Roberto Carlos, José Augusto, Roupa Nova e do Inesquecível Odair José. Aliás, ele começou na música cantando Odair José.
Era um tempo em que a moçada ia a certas lanchonetes que tinham som ao vivo. Valdir Coutinho estava lá, animando a noite, trazendo emoção aos românticos de plantão.
Como não gostar de ouvir Detalhes, de Roberto Carlos?
Como não gostar de ouvir todo o repertório de José Augusto?
Como não se encantar com Roupa Nova? Como não me lembrar das músicas de José Augusto?
Eram consideradas bregas? Sim. Sempre foram. Mas nunca liguei para isso. Para mim, música brega é a que não me faz feliz. Como não gostar das canções de outros cantores românticos que Coutinho interpretava?
Ontem encontrei Valdir Coutinho no Supermercado. Fiquei muito feliz em revê-lo. Ele, com suas músicas e sua bela voz, deu vida aos jovens de Cruzeiro do Oeste. Contribuiu para que os jovens estivessem reunidos, conversando, falando de seus planos, longe de coisas erradas. Coutinho estava ali com sua música e eu estava também. Coutinho estava ali com sua música e muitos jovens estavam também.
Hoje, só tenho a agradecer- lhe por doar sua arte e emoção para encantar as pessoas.
Cruzeiro do Oeste tem muitos cantores, tem muitos artistas. Valdir Coutinho é um deles. Neste aniversário Cruzeiro do Oeste, meus cumprimentos a esse Senhor que muito contribuiu com nossa cidade, espalhando emoção e sensibilidade com seu jeito tímido.
Fatos da vida fizeram com que ele abandonasse a música, os locais onde tocava e seu público. Cada um tem sua história e tem que cumprir o seu destino. Porém, mesmo três décadas depois, não há como não relembrar o show que ele fazia para o público de Cruzeiro do Oeste.
Valdir Coutinho é gente que fez e faz por Cruzeiro do Oeste.